B3 lança programa para credenciar formadores de mercado

Iniciativa visa aumentar a liquidez de títulos públicos

A B3 anunciou um programa para credenciar instituições como formadores de mercado de títulos públicos, visando aumentar a liquidez na negociação eletrônica.
Nesta quarta-feira (17), a B3 anunciou o lançamento de um novo programa voltado para o credenciamento de instituições financeiras que atuarão como formadores de mercado de títulos públicos federais. A iniciativa, com início em outubro, tem como objetivo aumentar a liquidez no mercado secundário e estimular a negociação eletrônica.
Detalhes do programa
O programa irá credenciar até dois formadores de mercado para títulos NTNB (Notas do Tesouro Nacional – Série B) e até dois para LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e LTN (Letras do Tesouro Nacional). Esses agentes serão responsáveis por realizar ofertas de compra e venda na plataforma Trademate, sistema eletrônico da B3 voltado para produtos de renda fixa. Os formadores credenciados receberão incentivos financeiros com base no volume negociado e no spread das operações.
Objetivos e expectativas
Fernando Bianchini, superintendente de Produtos de Renda Fixa da B3, afirmou que a recepção do programa foi positiva entre os participantes de mercado. O objetivo é promover uma maior negociação de títulos públicos federais com preço em tela, aumentando assim a liquidez e a transparência no mercado secundário de renda fixa. A iniciativa se diferencia do programa de dealers do Tesouro Nacional, focando em papéis que já não são mais emitidos.
Inscrições e formação
As inscrições para participar do programa ficarão abertas até o dia 26 de setembro. Se o número de solicitações exceder o limite de vagas, critérios de desempate serão aplicados. O programa é realizado em parceria com a Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord) e inclui 29 horas de aprendizado para a formação de assessores e consultores de investimento, com certificação em produtos listados no mercado à vista. Podem se inscrever pessoas jurídicas, nacionais ou estrangeiras, além de fundos de investimento que atuem como formadores de mercado autônomos.