Apanhador de Almas: terror brasileiro com boas intenções

Apanhador de Almas: terror brasileiro com boas intenções

Filme apresenta narrativa promissora, mas peca na execução

Apanhador de Almas: terror brasileiro com boas intenções
Foto: Iron Chest Films

Apanhador de Almas traz uma trama intrigante, mas não consegue desenvolver suas personagens e ideias de forma eficaz.

Apanhador de Almas

Quatro amigas entram em uma casa com um destino traçado: testemunhar um ritual sobrenatural que pode alterar completamente a vida de cada uma delas. Para as jovens do filme Apanhador de Almas, a resposta é simples e trágica: muita coisa pode dar errado durante o processo. O longa chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18) e busca explorar uma narrativa de terror com um grupo de jovens aprendizes de bruxas.
Apostando na onda de sucesso que o terror vem ganhando, a história se desenrola durante um eclipse solar, quando as amigas decidem visitar a casa de uma mulher misteriosa para presenciar um ritual. Cada uma leva sua bagagem pessoal para enfrentar as barreiras entre a vida e a morte, mas acabam invocando uma criatura de outra dimensão, forçando-as a tomar decisões que podem resultar na morte de três delas. Apenas uma pode sobreviver, criando uma tensão entre o grupo.

Problemas de desenvolvimento

Apanhador de Almas começa com uma premissa intrigante, mas falha em explorar a profundidade das personagens. O filme não esclarece o que as jovens estão buscando na casa de Rea, a bruxa que as recebe. Essa falta de clareza gera uma confusão que prejudica a conexão emocional do público com o desenrolar da trama.

Direção e atuações

A direção de Fernando Alonso e Nelson Botter Jr. não consegue extrair o melhor das atrizes, resultando em performances pouco envolventes. A presença de Rea, a bruxa, não entrega o mistério esperado, tornando as atuações caricatas. A antecipação de sustos e o clima enigmático do gênero ficam aquém do que poderia ser explorado.

Conclusão

Apanhador de Almas apresenta boas ideias e busca trazer uma nova perspectiva feminina ao terror, mas sua execução confusa e superficial impede que a narrativa alcance seu potencial. Mesmo com a proposta de destacar o protagonismo feminino, a dinâmica entre as amigas parece forçada, dificultando a criação de empatia com o público. O filme estreia em 18 de setembro e, apesar dos problemas, pode oferecer um gostinho de brasilidade no gênero.

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