Entrega de certidões de óbito corrigidas marca um passo importante
Evento em São Paulo reconhece vítimas da ditadura militar
Cerimônia em São Paulo entregará certidões corrigidas de Rubens Paiva e 101 vítimas da ditadura militar.
Entrega de certidões de óbito corrigidas
No dia 8 de outubro, em São Paulo, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) realizará a entrega de certidões de óbito corrigidas de Rubens Paiva e Carlos Marighella, além de outras 100 vítimas mortas ou desaparecidas durante a ditadura militar (1964-1985). A cerimônia será promovida em parceria com a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e ocorrerá a partir das 15h30, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Importância da cerimônia
Essa entrega busca corrigir registros oficiais que por anos omitiram as circunstâncias reais das mortes de Rubens Paiva e Carlos Marighella, ambos figuras emblemáticas na luta contra a repressão. Paiva, deputado cassado após o golpe de 1964, morreu sob custódia do Exército em 1971, enquanto Marighella, um dos principais opositores da ditadura, foi morto em uma emboscada em 1969.
Ações do MDHC
De acordo com o MDHC, a retificação das certidões é um passo importante para resgatar a memória e a verdade sobre as vítimas de graves violações de direitos humanos durante a ditadura. Essa ação é resultado da Resolução nº 601/2024 do CNJ, e reflete a colaboração com o Conselho Nacional de Justiça e o Operador Nacional do Registro Civil de Pessoas Naturais.
Continuidade das entregas
As cerimônias de entrega das certidões continuarão até dezembro, culminando com o II Encontro Nacional de Familiares de Pessoas Mortas e Desaparecidas Políticas, previsto para ocorrer em Brasília (DF). O evento é um reconhecimento das lutas por memória, verdade e justiça, conforme ressaltado pela ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com
