Expectativas cautelosas do Copom para cortes de juros em 2026

Adriano Machado

Análise sobre a manutenção da Selic e projeções futuras

Expectativas cautelosas do Copom para cortes de juros em 2026
Foto: Adriano Machado

O Copom deve manter a Selic inalterada na próxima reunião, com expectativa de cortes apenas em 2026.

Nesta quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil deve decidir pela manutenção da taxa Selic. Durante um encontro promovido pela XP Investimentos, economistas comentaram sobre as projeções para o futuro da taxa, que devem refletir um tom mais cauteloso por parte das autoridades, apesar de dados recentes que indicam uma descompressão inflacionária.

Cenário atual da Selic

Os especialistas, incluindo Caio Megale da XP e Marcelo Toledo da Bradesco Asset Management (BRAM), acreditam que a Selic permanecerá em patamares elevados por um período prolongado. A leitura predominante é que o Copom não realizará mudanças significativas em sua comunicação, enfatizando a necessidade de manter a taxa elevada para controlar a inflação, mesmo com sinais positivos a curto prazo.

Projeções para cortes de juros

A expectativa é que o primeiro corte de juros ocorra em março de 2026, embora uma possibilidade de janeiro seja considerada, condicionada à melhoria dos índices de inflação e desaceleração do mercado de trabalho. Para que esse primeiro corte em março se concretize, o Banco Central precisaria alterar sua comunicação, retirando referências a um “período bastante prolongado” de alta na taxa.

Efeitos de estímulos fiscais

Os analistas também discutiram a proposta de isenção do Imposto de Renda e a liberação de recursos para financiar reformas residenciais, que podem impactar a economia em 2026. Embora esses estímulos possam aquecer a economia, existe o risco de que o Banco Central revise suas projeções de inflação, limitando a amplitude dos cortes de juros planejados.

Impacto das eleições de 2026

Por fim, a influência das eleições presidenciais de 2026 na condução da política monetária é considerada limitada, pelo menos nos movimentos iniciais de cortes de juros. A avaliação é que o Copom atuará de forma independente das disputas eleitorais, priorizando a estabilidade econômica.

Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br

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