Spotify enfrenta ação judicial por omissão de streams falsos
Rapper alega que Drake e outros artistas populares se beneficiam de reproduções fraudulentas
Spotify é processado por ignorar redes de bots que inflacionam streams, beneficiando artistas como Drake.
Em 4 de novembro de 2025, o Spotify foi alvo de uma ação judicial coletiva nos Estados Unidos, onde é acusado de ignorar redes de “bots” que inflacionam artificialmente o número de reproduções de artistas populares, como Drake. O rapper RBX, primo de Snoop Dogg, apresentou o processo no último domingo (2), alegando que o artista canadense teria recebido milhões de dólares em royalties gerados por reproduções fraudulentas.
Impactos da fraude no mercado musical
De acordo com a ação, esse streaming fraudulento causa enormes prejuízos financeiros a artistas legítimos, compositores e produtores. O documento menciona que bilhões de reproduções falsas teriam sido associadas às músicas de Drake, que é considerado “o artista mais reproduzido de todos os tempos”. O modelo de pagamento do Spotify, que se baseia em um fundo central de receitas de assinaturas e publicidade, faria com que números inflacionados de grandes artistas reduzissem a parcela destinada a músicos independentes.
Resposta do Spotify
O Spotify é o único réu nomeado no processo, que não acusa Drake de má conduta, e é criticado por sua falta de disposição para combater a fraude. Em resposta à ação, um porta-voz da empresa afirmou que a plataforma não comenta processos em andamento, mas negou qualquer benefício com práticas fraudulentas. “Investimos fortemente em sistemas de última geração, em constante aprimoramento, para proteger os pagamentos aos artistas, com medidas rigorosas, como a eliminação de reproduções falsas, a retenção de royalties e a imposição de sanções”, declarou.
