Julgamento sobre cassação de Cláudio Castro é suspenso

Ministro pede vista após relatoria favorável à cassação

O julgamento que pode resultar na cassação do governador Cláudio Castro foi suspenso após pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira.
Em 4 de novembro de 2025, às 22h47, o ministro Antonio Carlos Ferreira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu vista e suspendeu o julgamento de duas ações que podem resultar na cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). As Ações de Investigação Judicial Eleitoral começaram a ser analisadas, e a relatora, ministra Isabel Gallotti, votou pela cassação e inelegibilidade de Castro devido a ilícitos na campanha de 2022.
Contexto do julgamento
O voto favorável à cassação foi baseado em acusações de abuso de poder político, onde Castro e Rodrigo Bacellar (União Brasil) teriam utilizado a máquina pública para fins eleitorais. O Ministério Público Eleitoral (MPE) alegou que 27,6 mil terceirizados foram contratados irregularmente, o que teria elevado os gastos de campanha a meio bilhão de reais. A relatora ressaltou a sincronia das contratações com o calendário eleitoral como evidência de irregularidades.
Implicações da decisão
Após o voto da relatora, o ministro Ferreira pediu vista, o que significa que o julgamento pode ficar suspenso até 2026, já que o Judiciário entra em recesso em 19 de dezembro. O MPE se manifestou pela cassação e a inelegibilidade dos investigados, pedindo ainda a fixação de multas em casos específicos. A defesa de Castro refutou as alegações, argumentando que não havia evidências de irregularidades nas contratações.
Próximos passos
O prazo para que o ministro devolva as ações é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. A expectativa é que, se respeitado esse prazo, a análise do caso não ocorra ainda em 2025. O MPE apresentou um forte caso contra Castro, mas a defesa se mantém firme em sua argumentação de ausência de evidências. O desdobramento desse caso pode impactar significativamente a política fluminense nos próximos anos.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com





