Caminhar pode retardar o Alzheimer em até sete anos
Estudo indica que atividade física reduz declínio cognitivo
Um estudo recente sugere que caminhar entre 3.000 e 7.000 passos por dia pode atrasar o desenvolvimento do Alzheimer em até sete anos.
Em 05 de novembro de 2023, um estudo da Nature Medicine revelou que aumentar a quantidade de caminhada pode ajudar a retardar o declínio cognitivo em pessoas com risco elevado de desenvolver Alzheimer. Os pesquisadores do Mass General Brigham e da Universidade de Harvard observaram que adultos em estágio inicial ou pré-sintomático da doença que caminhavam entre 3.000 e 5.000 passos por dia apresentaram um atraso de cerca de três anos na perda cognitiva. Já aqueles que percorriam entre 5.000 e 7.000 passos por dia tiveram um atraso médio de sete anos.
Importância da atividade física
A neurologista Wai-Ying Wendy Yau, autora principal do estudo, enfatiza: “Mesmo uma atividade moderada pode ajudar a desacelerar esse processo”. O estudo acompanhou cerca de 300 adultos entre 50 e 90 anos por quase uma década. Exames de imagem mostraram que aqueles que caminhavam mais acumulavam as proteínas beta-amiloide e tau mais lentamente, que estão associadas ao avanço da doença.
Implicações do estudo
Embora os resultados mostrem apenas uma associação e não uma relação direta de causa e efeito, eles reforçam a importância da atividade física na saúde cerebral. Yau destacou que “cada passo que você dá na direção certa contribui para a saúde do cérebro”. Apesar de ainda haver dúvidas sobre quais tipos de exercício são mais eficazes, o consenso é que mover-se traz benefícios. “Aumentar o tempo de caminhada e a atividade física só traz resultados positivos”, afirmou John Thyfault, da Universidade do Kansas.
