Antenas de celular e saúde: o que dizem os estudos?

Rede de Telecomunicações

Entenda a relação entre antenas de telefonia e riscos à saúde

Antenas de celular e saúde: o que dizem os estudos?
Antenas transmissoras do sistema GSM no telhado do edifício. Foto: Rede de Telecomunicações

Uma investigação sobre câncer em prédio de João Pessoa levanta questões sobre a segurança das antenas de celular. Estudo da Anatel e especialistas não confirmam riscos à saúde.

Uma denúncia sobre a relação de 20 casos de câncer supostamente ligados a antenas de telefonia em um edifício em João Pessoa, Paraíba, investigada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em 2020, trouxe à tona dúvidas sobre a radiação desses equipamentos. Afinal, será que viver próximo às antenas de celular faz mal à saúde?

O que dizem os especialistas

Estudos e especialistas têm se debruçado sobre os impactos da exposição eletromagnética. Embora celulares e suas antenas gerem campos eletromagnéticos associados à radiação não ionizante, como a usada em rádios e fornos micro-ondas, não há evidências científicas que comprovem que as torres de telefonia sejam perigosas. Edson Watanabe, professor de engenharia elétrica da UFRJ, afirma que as alturas em que as antenas estão instaladas atualmente, variando de 15 a 60 metros, garantem segurança.

Novas diretrizes da Anatel

Em janeiro de 2024, a Anatel adotou novas diretrizes visando aumentar ainda mais a segurança em torno das antenas de telecomunicação. As medidas incluem a instalação em áreas restritas ou cercadas, minimizando o acesso da população e, consequentemente, a exposição aos campos eletromagnéticos.

Resultados da investigação em João Pessoa

O caso dos 20 cânceres foi investigado devido a uma tese acadêmica que sugeriu uma associação entre campos eletromagnéticos e mortes por câncer. Um estudo técnico foi realizado no condomínio, medindo os níveis de radiação eletromagnética, e os resultados mostraram que os valores estavam dentro dos limites seguros estabelecidos pelas normas brasileiras. Assim, o inquérito foi arquivado, pois não havia evidências de que a exposição às antenas representasse risco à saúde dos moradores.

Considerações finais

Embora não existam evidências sólidas de danos causados por torres de celular, a American Cancer Society (ACS) recomenda a continuidade de estudos de longo prazo, já que os níveis de exposição no solo são, em geral, milhares de vezes inferiores aos limites considerados seguros. A entidade destaca que o uso intenso de radiofrequência é recente na história humana, e possíveis efeitos à saúde podem levar tempo para se manifestar.

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