Sudão analisa proposta de trégua dos EUA com apoio do Exército

Sudão analisa proposta de trégua dos EUA com apoio do Exército

Conflito já dura mais de 30 meses e causa graves consequências humanitárias

Sudão analisa proposta de trégua dos EUA com apoio do Exército
Moradores locais participam de uma manifestação em Omdurman, em 31 de outubro de 2025, para protestar contra as supostas "atrocidades" cometidas pelas Forças de Apoio Rápido. Foto: Moradores locais

O conselho de defesa do Sudão se reunirá nesta terça-feira (4) para avaliar uma proposta de cessar-fogo dos EUA, em meio a um conflito que já dura mais de 30 meses.

Sudão analisa proposta de trégua dos EUA

O conselho de defesa apoiado pelo Exército do Sudão se reunirá nesta terça-feira (4) para examinar uma proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, em meio a um conflito que já dura mais de 30 meses. A reunião ocorre após a tomada da cidade de El Fasher pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), que estão em guerra com o Exército desde abril de 2023.

Contexto do conflito

As FAR capturaram o último reduto das Forças Armadas na região de Darfur no dia 26 de outubro e preparam um ataque à província central de Kordofan. O grupo ‘Quad’, formado por Estados Unidos, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, está negociando há meses uma trégua. Em setembro, essas potências apresentaram uma proposta de trégua humanitária de três meses, seguida por um cessar-fogo permanente. O governo sudanês, alinhado ao Exército, rejeitou o plano previamente.

Consequências humanitárias

Após os ataques das FAR em El Fasher, foram relatados assassinatos em massa, violência sexual e sequestros, além de ataques a trabalhadores humanitários. O Tribunal Penal Internacional expressou preocupação com esses relatos, que podem configurar crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Apelo da ONU

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o fim do “pesadelo de violência” no Sudão, alertando que a crise está se agravando rapidamente. Ele solicitou que as partes em conflito se reunam para resolver a situação, enfatizando que a crise está saindo do controle.

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