Previsão de chuvas em novembro favorece lavouras no Centro-Oeste e Sudeste

Mudanças climáticas trarão benefícios para a agricultura brasileira

As chuvas de novembro devem beneficiar lavouras no Centro-Oeste e Sudeste, após um período de seca.
O mês de novembro será marcado por uma grande mudança no padrão de distribuição das chuvas sobre o interior do Brasil. Após o atraso na regularização das precipitações entre setembro e outubro, as áreas produtoras do Sudeste e do Centro-Oeste devem registrar chuvas mais frequentes e volumosas, o que contribuirá para um aumento mais efetivo e homogêneo da umidade do solo — condição essencial para o desenvolvimento dos canaviais, cafezais, lavouras de soja e demais cultivos.
Impacto das chuvas nas lavouras
Essas chuvas também serão importantes para recuperar o balanço hídrico em regiões que enfrentaram déficit de umidade, especialmente nas áreas do Cerrado, que incluem partes de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. A previsão indica uma regularização mais ampla das chuvas ao longo do mês, com tendência de temperaturas mais amenas na maior parte do país.
Nesta primeira semana de novembro, a atuação de uma frente fria no litoral do Brasil canaliza a umidade da Amazônia sobre a área central do país, espalhando instabilidades e chuvas generalizadas nas regiões produtoras. Entre Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, os volumes devem variar entre 30 e 50 mm até terça-feira (4), beneficiando as lavouras que enfrentaram condições mais secas.
Extensão das chuvas
A partir da quinta-feira (6), as instabilidades avançam para o norte da Argentina, Paraguai e sul de Mato Grosso do Sul, atingindo também o interior do Sudeste. As precipitações mais fortes devem se concentrar entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com acumulados que podem ultrapassar 100 mm, provocando paralisações temporárias nas atividades agrícolas.
Durante a segunda metade da semana, as chuvas se estendem em direção ao Matopiba, com destaque para o sul do Maranhão, sul do Piauí, Tocantins e oeste da Bahia. Nessas áreas, o aumento da umidade do solo favorece o avanço do plantio e o estabelecimento das lavouras de verão.
Cultivos beneficiados
Um corredor de instabilidade sobre a metade norte do país favorece chuvas frequentes e de intensidade moderada nas áreas produtoras de café da Alta Mogiana, Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia. Entre a Zona da Mata Mineira e o Espírito Santo, os acumulados podem atingir 70 a 100 mm até sexta-feira (7). O aumento da umidade e as temperaturas mais amenas devem favorecer o pegamento das floradas e o desenvolvimento dos frutos.
As chuvas se espalham sobre praticamente todas as áreas produtoras de soja do país. Entre Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, são esperados 50 a 70 mm até o fim da semana, recuperando a umidade em áreas do Cerrado. No Matopiba, as precipitações ganham força na segunda metade da semana, favorecendo o plantio e a germinação.
O cenário é semelhante para o milho, com chuvas regulares e bem distribuídas na maior parte do país. No Sul, as instabilidades mais intensas devem paralisar temporariamente as operações de campo, especialmente no Rio Grande do Sul, onde são esperados volumes acima de 100 mm entre quinta e sexta-feira.
As chuvas mais intensas se concentram sobre norte de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com volumes de 50 a 70 mm até sexta-feira. O aumento da umidade no solo favorece o desenvolvimento vegetativo dos canaviais.
O tempo seco deve predominar sobre o Sul do Brasil até a quarta-feira (5), permitindo o avanço da colheita. A partir da quinta, a entrada de novas frentes frias traz chuvas intensas e localmente fortes, com acumulados que podem ultrapassar 100 mm no Rio Grande do Sul. As condições voltam a melhorar no fim de semana, quando as instabilidades se deslocam para o interior do país.





