Cotação do boi gordo ultrapassa R$ 331 em Mato Grosso do Sul
Cenário de mercado otimista para o final do ano

O mercado do boi gordo está em alta, com cotação superando R$ 331 em Mato Grosso do Sul. As escalas de abate estão encurtadas, o que pode pressionar ainda mais os preços.
O mercado do boi gordo iniciou a primeira semana de novembro em forte aquecimento, com cotação da arroba ultrapassando os R$ 331,02 em Mato Grosso do Sul, o maior valor entre as principais praças do país. Segundo a consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos, especialmente os de menor porte, enfrentam encurtamento das escalas de abate, cenário que contribui para a firmeza e possível avanço dos preços no curto prazo.
Escalas de abate e demanda
A consultoria Agrifatto aponta que as escalas de abate em São Paulo fecharam outubro com média de apenas seis dias úteis, o menor nível registrado desde maio de 2025. Essa redução é explicada não só pela sazonalidade, mas também pela menor entrega de animais terminados, reflexo da baixa disponibilidade de boiadas de pasto e da alta demanda externa. “O encurtamento das escalas é um movimento sazonal, mas neste momento ele também reflete a pressão da exportação, que tem reduzido a oferta de animais para o consumo interno”, afirmam analistas da Agrifatto.
Valorização das cotações
Diante da escassez de oferta, os frigoríficos intensificaram a concorrência por lotes prontos, resultando em uma valorização de 5% na arroba em São Paulo durante o mês de outubro. A referência média paulista, segundo a Scot Consultoria, está em R$ 317/@ para o boi comum e R$ 322/@ para o “boi-China”. No mercado atacadista, cortes como o traseiro bovino subiram 2,26%, atingindo R$ 24,78/kg, o maior valor das últimas 26 semanas.
Expectativas para o futuro
Os contratos futuros negociados na B3 também seguem em trajetória de valorização. O papel de novembro fechou outubro cotado a R$ 329/@, enquanto dezembro apontou para R$ 334,25/@, indicando um ágio de R$ 15/@ em relação ao mercado físico do boi gordo. Esse movimento reforça a aposta do mercado na sustentação da alta no curto prazo. O cenário para o final do ano é promissor para o produtor, mas é necessário acompanhar o ritmo das exportações e o comportamento do consumo interno durante as festividades.
Notícia feita com informações do portal: www.comprerural.com



