Bastidores do “não” de Trump à Nvidia na China

Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock

Entenda as implicações da decisão do ex-presidente dos EUA

Bastidores do "não" de Trump à Nvidia na China
Foto: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock

A decisão de Trump de barrar a Nvidia de exportar chips para a China foi tomada após conselhos de autoridades. Entenda as implicações dessa ação.

Em 30 de outubro de 2025, em Busan, Coreia do Sul, Donald Trump decidiu não discutir a liberação de exportações de chips da Nvidia para a China, influenciado por conselheiros que alegaram riscos à segurança nacional. A decisão foi tomada pouco antes de uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping, e teve como pano de fundo a pressão do CEO da Nvidia, Jensen Huang, para manter o acesso ao mercado chinês.

A decisão e suas implicações

Trump, após ouvir conselheiros como o secretário de Estado, Marco Rubio, que alertaram para os riscos de fortalecer a infraestrutura de IA chinesa, optou por não abordar o pedido durante a cúpula. Essa ação foi vista como uma vitória para Rubio e outros assessores, refletindo a tensão entre interesses comerciais e segurança nacional. A Nvidia espera autorização para comercializar uma versão menos potente do chip Blackwell, que prometia revolucionar o setor de IA, mas enfrenta um ambiente de incerteza desde 2022, quando começou a vigorar a proibição de exportação de chips mais avançados.

O papel de Jensen Huang

Huang vem pressionando intensamente por permissão para vender seus chips na China. Em eventos anteriores, destacou a importância do mercado chinês, que abriga cerca de metade dos pesquisadores de IA do mundo. A viagem de Trump à Ásia foi considerada decisiva para o futuro dos negócios da Nvidia. Embora tenha havido indicações de que Trump poderia autorizar a exportação, seu posicionamento mudou após a reunião com Xi, refletindo a complexidade das negociações entre as duas potências.

Desdobramentos futuros

A relação entre os EUA e a China continua a se desdobrar, com Trump prevendo novas negociações na visita programada ao país em abril. A Nvidia deve continuar sua pressão por autorização, especialmente diante da necessidade de acesso a tecnologia avançada, crítica para sua posição no mercado global de IA. A situação se complica com a resistência no Congresso e a reação do governo chinês, que instruiu suas empresas a não adquirirem certos chips, refletindo as tensões geopolíticas mais amplas em jogo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *