Perfil das vítimas da operação: 17 sem histórico criminal

A Polícia Civil descreve que 97 das pessoas mortas “apresentavam históricos criminais relevantes”

Polícia Civil do RJ revela detalhes sobre as mortes na Operação Contenção

Perfil das vítimas da operação: 17 sem histórico criminal
Foto: A Polícia Civil descreve que 97 das pessoas mortas “apresentavam históricos criminais relevantes”

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou os perfis de 115 das 117 pessoas mortas na Operação Contenção, realizada no dia 28 de setembro. Dentre elas, 17 não tinham histórico criminal.

Em 3 de novembro de 2025, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou os perfis de 115 das 117 pessoas que faleceram durante a Operação Contenção, realizada no dia 28 de setembro nos Complexos do Alemão e da Penha. De acordo com o relatório, mais de 95% dos identificados estavam ligados ao Comando Vermelho e 54% eram oriundos de outros estados. Apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas.

Detalhes e implicações da operação

O documento da Polícia Civil revela que 97 das vítimas tinham históricos criminais significativos, sendo que 59 delas possuíam mandados de prisão abertos. Apesar de 17 não apresentarem histórico criminal, investigações subsequentes indicaram que 12 tinham indícios de envolvimento com o tráfico por meio de suas redes sociais. A lista das vítimas nomeia os mortos como “neutralizados” e destaca que 62 deles eram de outros estados, com uma distribuição variada entre Pará, Amazonas, Bahia, entre outros.

O contexto da operação

O relatório ainda menciona que no Rio de Janeiro operam chefes de organizações criminosas oriundas de 11 estados. O principal alvo da Operação Contenção, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, líder do Comando Vermelho, continua foragido seis dias após a operação.

A resposta das autoridades

Nenhuma das vítimas havia sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Em resposta, a Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro estabeleceu um observatório para monitorar a conformidade das ações das polícias Civil e Militar durante a operação. O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, tem reuniões programadas com autoridades fluminenses para discutir as implicações da operação. A primeira reunião ocorre com o governador Cláudio Castro e auxiliares da Segurança Pública. Além disso, Moraes determinou a preservação rigorosa dos elementos materiais vinculados à operação.

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