Benefícios do contato de pele entre mãe e bebê

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Estudo revela impacto positivo na amamentação exclusiva

Benefícios do contato de pele entre mãe e bebê
Foto: kieferpix/iStock

Novo estudo aponta que contato pele a pele entre mãe e bebê após o nascimento favorece aleitamento materno exclusivo e outros benefícios.

Bebês que fazem contato pele a pele com a mãe na primeira hora após o nascimento apresentam diversos benefícios, como maior chance de aleitamento materno exclusivo. Essa informação foi revelada em uma nova revisão da Cochrane, divulgada em 3 de novembro de 2023. O estudo analisou 69 ensaios clínicos com mais de 7.000 pares mãe-bebê, a maioria de países de alta renda, e trouxe à tona evidências robustas sobre a prática.

Impactos do contato imediato

Os resultados mostram que cerca de 75% dos bebês que receberam contato pele a pele estavam sendo amamentados exclusivamente com um mês de idade, em comparação com apenas 55% dos que não tiveram essa experiência. Além disso, os recém-nascidos beneficiaram-se de níveis mais adequados de açúcar no sangue, temperatura corporal, respiração e frequência cardíaca.

Diretrizes e práticas de saúde

Apesar das recomendações para iniciar o contato pele a pele imediato e ininterrupto, muitos sistemas de saúde ainda separam mães e bebês após o parto. A autora principal, Elizabeth Moore, destaca que mesmo em países com serviços de saúde de qualidade, essa intervenção simples não é amplamente adotada. Os autores da revisão argumentam que deve-se tornar o contato pele a pele um padrão global de atendimento, já que a OMS recomenda essa prática.

Considerações éticas e futuras pesquisas

Os especialistas afirmam que negar o contato pele a pele é antiético, pois as evidências demonstram que essa prática melhora a saúde e a sobrevivência dos recém-nascidos. Embora a revisão não tenha focado diretamente na sobrevivência, estudos anteriores indicam que essa prática pode ser crucial, especialmente em contextos de recursos limitados. Os autores sugerem que futuras pesquisas devem priorizar a implementação e a qualidade dos estudos, em vez de testar a intervenção novamente.

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