Megaoperação no Rio de Janeiro resulta em mortes e investigações

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

A complexidade do Comando Vermelho e os desdobramentos da ação policial

Megaoperação no Rio de Janeiro resulta em mortes e investigações
Cartaz do disque-denúncia que oferece recompensa por Doca. Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

A megaoperação realizada em 28 de outubro no Rio de Janeiro resultou em 121 mortos e é considerada a mais letal da história do estado, originada de uma investigação iniciada em 2024.

Em 28 de outubro de 2025, a megaoperação realizada no Rio de Janeiro resultou em 121 mortes e é considerada a mais letal da história do estado. A ação foi desencadeada a partir de uma investigação que começou em 2024, após uma denúncia anônima recebida pelo disque-denúncia, que alertava sobre planos de expansão territorial do Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha.

A complexidade do Comando Vermelho

O Complexo da Penha, situado na zona norte do Rio, abriga cerca de 100 mil habitantes e é marcado pela presença de barricadas e venda de drogas. A investigação levou os agentes a mapear a hierarquia do CV, com Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, no comando. Ele possui 269 anotações criminais e 26 mandados de prisão pendentes, sendo o alvo principal da operação, embora tenha conseguido escapar.
Além de Doca, outros líderes como Carlos da Costa Neves, “Gardenal”, e Washington César Braga da Silva, “Grandão”, desempenham papéis cruciais na gestão do tráfico e na estrutura da facção.

Resultados da operação e reações

A operação resultou em mais de 100 prisões, apreensão de armas e drogas, mas também gerou um clima de medo entre os moradores. Enquanto o governador Cláudio Castro (PL) elogiou a ação como um “sucesso”, organizações de direitos humanos e a Defensoria Pública do Rio condenaram as mortes e levantaram questões sobre possíveis violações de direitos. A complexidade logística para a ação policial foi um dos fatores apontados para a suposta demora na execução da operação.

Indícios de tortura e controle

As quebras de sigilo, que somaram mais de três terabytes de dados telemáticos, ajudaram a Polícia Civil a entender a dinâmica do CV. Os diálogos revelaram práticas de tortura, como banhos de gelo, e a organização de escalas de plantão e vendas de drogas. A operação também trouxe à tona vídeos e relatos de violência extrema, o que levanta ainda mais questionamentos sobre a estratégia de combate ao crime na região.

A investigação e a operação continuam a gerar um intenso debate sobre a eficácia das ações policiais e suas repercussões na comunidade local.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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