Ameaças de Morte e Estupro Contra Deputadas Paulistas Levam DEIC a Investigar

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo assumiu a investigação das graves ameaças de estupro e morte enviadas por e-mail a todas as deputadas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A Delegacia de Polícia sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber) será responsável pelo inquérito, buscando identificar os autores por trás das mensagens. A escalada de violência virtual gerou forte reação e pedidos de segurança reforçada para as parlamentares.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que diligências estão em andamento, mas detalhes específicos serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial. A urgência na resolução do caso é evidente, considerando a natureza das ameaças e o impacto na segurança das deputadas. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada.
As ameaças, que incluem referências a violência sexual, lesão corporal grave, maus-tratos a animais, estupro coletivo e feminicídio, além de conteúdo racista, foram protocoladas como notícia-crime pelas parlamentares no dia 2 de maio. O caso ganhou destaque após a confirmação da abertura das investigações, mais de uma semana após a denúncia formal.
Um suspeito já foi identificado e está sendo investigado, porém alega inocência, afirmando que seus dados foram usados para incriminá-lo. Computador e celular do indivíduo, de 28 anos, foram apreendidos para perícia. A deputada Andréa Werner, líder do PSB na Alesp e uma das parlamentares nominalmente citadas nas mensagens, expressou a expectativa de uma rápida resolução.
Diante da gravidade da situação, a Alesp está elaborando um documento com pontos vulneráveis de segurança, a ser entregue às forças policiais. Paralelamente, a deputada Beth Sahão (PT) solicitou que a Polícia Federal também investigue o caso, e o procurador-geral de Justiça de São Paulo designou um promotor para acompanhar as apurações. A Alesp assegura que os protocolos de segurança foram reforçados, visando a proteção de todos que atuam no parlamento.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br