Stealthing: A Violência Sexual Silenciosa que Assombra Vítimas e Desafia a Justiça

A remoção não consentida da camisinha durante o ato sexual, prática conhecida como *stealthing*, emerge como uma forma de violência sexual que causa crescente preocupação. Apesar da gravidade, muitas vítimas hesitam em denunciar, seja por vergonha, medo de não serem levadas a sério ou desconhecimento de seus direitos.
O stealthing representa uma séria violação da autonomia sexual e da integridade física da vítima. Ao retirar a proteção sem consentimento, o agressor expõe o parceiro a riscos de gravidez indesejada e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além de infringir o acordo inicial estabelecido entre as partes.
A dificuldade em comprovar o ato é um dos principais obstáculos enfrentados pelas vítimas. A falta de testemunhas e a natureza íntima do ocorrido tornam o processo de denúncia complexo e, muitas vezes, desanimador. “Muitas mulheres se sentem culpadas e envergonhadas, o que dificulta ainda mais a busca por ajuda”, afirma a psicóloga Ana Paula Silva, especialista em violência de gênero.
Apesar dos desafios, especialistas e autoridades reforçam a importância de denunciar. A conscientização sobre o stealthing como crime é fundamental para encorajar as vítimas a buscarem apoio psicológico e legal, além de contribuir para a responsabilização dos agressores. Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo de silêncio e buscar justiça.
Em Guarapuava e região, o tema ganha destaque à medida que mais casos vêm à tona. É crucial que a sociedade se mobilize para combater essa forma de violência, oferecendo suporte às vítimas e promovendo a educação sexual para prevenir futuras ocorrências. A informação é a principal ferramenta para desconstruir o estigma e garantir que a justiça seja feita.
Fonte: http://gmaisnoticias.com