Varejo Brasileiro Embalado: Vendas Crescem Pelo 3º Mês Consecutivo com Apoio do Emprego e Renda

As vendas no varejo brasileiro continuam em trajetória ascendente, registrando um aumento de 0,8% em março, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento. O varejo ampliado, que inclui setores como veículos e materiais de construção, apresentou um avanço ainda mais expressivo, com alta de 1,9%. Analistas apontam que esse desempenho positivo é sustentado por níveis recordes de renda e um mercado de trabalho aquecido, impulsionando o consumo das famílias.

O bom momento do varejo é amplamente influenciado pelo desempenho de setores como alimentos, vestuário e produtos farmacêuticos, que apresentaram resultados positivos no período. Por outro lado, segmentos como móveis, eletrodomésticos e combustíveis registraram quedas, evidenciando um cenário misto no comportamento do consumidor. A recuperação do setor automotivo também contribuiu para o crescimento do varejo ampliado.

Apesar do otimismo, especialistas alertam para uma possível desaceleração no ritmo de crescimento ao longo do ano. Fatores como inflação, política monetária contracionista e a diminuição gradual dos estímulos governamentais podem impactar o consumo. No entanto, a expectativa é que o mercado de trabalho robusto e as medidas de apoio à renda atenuem essa desaceleração, como destaca a XP Investimentos.

Economistas como Rafael Perez, da Suno Research, ressaltam que os indicadores econômicos apontam para uma leve recuperação da atividade, impulsionada pelo setor de serviços e pela indústria. “A combinação entre um mercado de trabalho sólido e os estímulos ao consumo e ao crédito por parte do governo devem mitigar os efeitos defasados da política monetária e da desaceleração da atividade econômica”, afirma Perez.

Diante desse cenário, a XP mantém sua projeção de crescimento do PIB em 1,5% para o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o trimestre anterior, e de 2,3% para o ano todo. O Goldman Sachs também projeta que o setor varejista continuará a se beneficiar das transferências fiscais para famílias de baixa renda e da expansão da renda real, mesmo diante de condições monetárias mais restritivas.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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