Inflação na Argentina Surpreende e Acelera Queda em Abril, Sinalizando Impacto das Medidas de Milei

A inflação na Argentina apresentou um alívio maior do que o esperado em abril, registrando um aumento mensal de 2,8%, de acordo com dados divulgados pelo INDEC (Instituto Nacional de Estatística e Censos) nesta quarta-feira. Este resultado demonstra uma desaceleração em relação aos 3,7% observados em março e superou as projeções de analistas, que previam um índice de 3,1%. Apesar do progresso, a população argentina ainda enfrenta um cenário de preços elevados.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu 47,3% em abril, demonstrando um recuo em comparação com os 55,9% do mês anterior. A taxa também ficou ligeiramente abaixo da estimativa de 47,7% apontada por analistas consultados pela Reuters. O Ministério da Economia da Argentina celebrou os dados, afirmando em comunicado que eles “refletem a forte desaceleração que a inflação vem registrando desde o início do mandato do presidente Javier Milei”.

Vladimir Werning, vice-presidente do Banco Central, já havia antecipado a expectativa de continuidade na desaceleração inflacionária para o mês de maio. Entretanto, as políticas de austeridade implementadas pelo governo Milei, embora efetivas no controle da inflação, têm gerado impactos significativos na sociedade. Cortes em gastos estatais afetaram aposentadorias, projetos de infraestrutura e os salários do funcionalismo público.

Essa conjuntura tem provocado ondas de greves e protestos em todo o país, com muitos cidadãos lutando para fazer face às despesas básicas. No que tange aos setores da economia, os custos de restaurantes e hotéis lideraram os aumentos mensais, enquanto manutenção e equipamentos domésticos registraram as menores altas. Alimentos e bebidas não alcoólicas apresentaram um aumento de 2,9%, superando o nível nacional total, enquanto aluguel e serviços públicos ficaram abaixo, com 1,9%.

Em meados de abril, o governo Milei suspendeu o controle cambial que restringia a compra de moeda estrangeira e implementou uma banda de câmbio flutuante divergente, fixada entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar. Analistas projetam que a inflação mensal poderá desacelerar ainda mais para 2% no segundo semestre de 2025. O próprio Milei chegou a declarar que “pode não haver mais inflação” na Argentina até meados do próximo ano, demonstrando otimismo com as medidas em curso.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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