Trégua Comercial: EUA Reduzem drasticamente tarifa sobre importações chinesas de baixo valor

Trégua Comercial: EUA Reduzem drasticamente tarifa sobre importações chinesas de baixo valor

Em um gesto que sinaliza o arrefecimento das tensões comerciais, os Estados Unidos anunciaram uma significativa redução na tarifa aplicada a remessas de baixo valor provenientes da China. A medida, divulgada pela Casa Branca, surge após negociações entre Pequim e Washington em Genebra, marcando um período de trégua na acirrada disputa comercial entre as duas maiores economias globais.

A decisão de reduzir a tarifa, popularmente conhecida como “taxa da blusinha”, de 120% para 54%, representa um alívio considerável para empresas que operam com o modelo de remessas de baixo valor, como Shein e Temu. A medida deve entrar em vigor em 14 de maio de 2025, e também prevê a manutenção de uma taxa fixa de US$100, abandonando o plano anterior de elevá-la para US$200.

O sistema “de minimis”, que permite a entrada de produtos com valor de até US$800 nos EUA com impostos reduzidos e inspeções mínimas, tem sido amplamente utilizado por varejistas chineses. Estima-se que 60% dos pacotes que entram nos EUA por meio desse canal vêm da China, impulsionados por empresas como Temu e Shein.

Entretanto, a isenção também gerou preocupações. Em fevereiro, o então presidente Donald Trump havia elevado a tarifa para 120%, alegando que ela era explorada por empresas de comércio eletrônico, bem como por traficantes de fentanil e outros produtos ilícitos. A nova medida da Casa Branca parece buscar um equilíbrio entre o estímulo ao comércio e o combate a atividades ilegais.

De acordo com estimativas da Nomura, a China exportou US$240 bilhões em bens diretos ao consumidor que se beneficiam da taxa “de minimis” em todo o mundo no ano passado. Esse montante representa 7% de suas vendas no exterior e contribui com 1,3% do Produto Interno Bruto chinês. A redução da tarifa, portanto, pode ter um impacto significativo na economia chinesa e nas relações comerciais globais.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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