Fábrica Clandestina de Cigarros no Rio Explora Trabalhadores Paraguaios em Regime Análogo à Escravidão
Uma operação conjunta da Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público Federal desmantelou uma fábrica clandestina de cigarros no bairro de Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação tinha como objetivo prender criminosos envolvidos na produção ilegal de cigarros paraguaios, cuja venda é proibida no Brasil. A operação resultou na prisão em flagrante de cinco homens, suspeitos de atuarem como gerentes e supervisores da linha de produção.
O galpão, descoberto pelas autoridades, funcionava a pleno vapor e abrigava 22 trabalhadores paraguaios, submetidos a condições degradantes e análogas à escravidão. Todos foram resgatados. “A estrutura tinha alta capacidade de produção e era responsável pela distribuição dos cigarros paraguaios em todo o estado do Rio de Janeiro”, informou a Polícia Federal.
As investigações apontam que a fábrica pertence ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, que se encontra foragido da Justiça. Ele possui um mandado de prisão preventiva decretado por envolvimento em homicídios de contraventores rivais. Adilsinho também é conhecido por ser o patrono da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.
Os presos foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde serão indiciados pelos crimes de contrabando, organização criminosa e submissão de trabalhadores à condição análoga à escravidão. Os trabalhadores paraguaios resgatados receberão assistência e serão repatriados ao seu país de origem.
Todo o material apreendido, incluindo os equipamentos utilizados na fabricação dos cigarros, será encaminhado ao Depósito da Receita Federal. Lá, o material será acautelado e passará por perícia técnica para auxiliar nas investigações e identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
