IBGE Lança Mapa-Múndi Invertido com Brasil no Centro e Desperta Polêmica
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma nova versão do mapa-múndi que coloca o Brasil em posição central e inverte a tradicional representação dos hemisférios, com o Sul posicionado na parte superior. A iniciativa, apresentada pelo presidente do IBGE, Márcio Pochmann, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gerou debates e questionamentos.
Pochmann justificou a mudança, afirmando que o novo mapa busca “ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como no Brics e Mercosul e na realização da COP30 em 2025”, conforme publicação em sua conta no X/Twitter. A escolha de um mapa invertido, no entanto, levanta discussões sobre a intencionalidade da representação e seu impacto na percepção geopolítica.
Não é a primeira vez que o IBGE adota uma abordagem diferenciada na representação cartográfica. Em abril de 2024, o Atlas Geográfico Escolar já havia apresentado o Brasil no centro do mapa, embora sem a inversão dos hemisférios. Aquela edição, contudo, foi marcada por críticas devido a erros em conteúdos científicos, levando o IBGE a publicar uma errata.
Paralelamente à controvérsia do mapa, a gestão de Márcio Pochmann tem enfrentado resistência interna. Servidores do IBGE divulgaram uma carta aberta em janeiro, denunciando “posturas autoritárias” e “aparelhamento” do instituto, além de expressar preocupação com o desrespeito ao corpo técnico.
A situação interna se agravou com uma série de demissões no alto escalão, motivadas por protestos contra o que os servidores classificam como “interferência ideológica” e “enfraquecimento técnico” do órgão. A criação da Fundação IBGE+, posteriormente suspensa pelo governo após repercussão negativa, também foi alvo de críticas, sendo vista como uma estrutura paralela sem controle adequado.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br
