Indústria Brasileira Surpreende em Março: Setor Acelera Impulsionado por Petróleo e Consumo

Indústria Brasileira Surpreende em Março: Setor Acelera Impulsionado por Petróleo e Consumo

A produção industrial brasileira superou as expectativas em março, registrando um avanço de 1,2% em relação a fevereiro e de 3,1% na comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados do IBGE. Esse desempenho demonstra a resiliência do setor, em um contexto de baixo desemprego e aumento da renda e do consumo. Analistas, no entanto, ainda preveem uma desaceleração ao longo do ano, embora em ritmo mais lento e com distribuição mais equilibrada entre os segmentos.

Um dos destaques positivos foi o setor de “Coque, derivados de petróleo e biocombustíveis”, que apresentou um crescimento expressivo de 3,4%. Além disso, houve uma melhora generalizada, com três das quatro principais categorias econômicas e 16 das 25 atividades manufatureiras apresentando expansão. Bens Semi e Não Duráveis, assim como Bens Duráveis, reverteram as quedas observadas no mês anterior, com destaque para a recuperação em Produtos Farmacêuticos e na produção de veículos.

Contudo, nem todos os setores tiveram o mesmo desempenho. A categoria de Bens de Capital apresentou uma retração de 0,7% no mês e de 0,2% em relação a março do ano anterior. “Esta categoria desacelerou após várias leituras com desempenho melhor que o esperado. Dito isso, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu significativamente no 1º trimestre de 2025”, ponderou a XP em sua análise.

Para o futuro, a expectativa é de uma desaceleração gradual da indústria de transformação. “Condições financeiras mais restritivas e a piora da confiança empresarial devem se refletir”, aponta a XP. Entretanto, a resiliência do mercado de trabalho e as medidas governamentais recentes devem sustentar a demanda doméstica no curto prazo. A projeção é de um aumento de 2,2% na produção industrial em 2025, abaixo dos 3,1% registrados em 2024.

Outros especialistas também compartilham perspectivas cautelosas. André Valério, economista sênior do Inter, destaca que o resultado de março reflete uma demanda ainda saudável, impulsionada pelas exportações. No entanto, ele alerta que os dados de abril podem indicar uma desaceleração, com industriais menos otimistas devido às condições de crédito e ao aumento de estoques. Rafael Perez, economista da Suno Research, ressalta que o crescimento de março é uma recomposição parcial das perdas anteriores e projeta um crescimento mais equilibrado entre os setores extrativo e de transformação, embora em ritmo mais lento.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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