Indústria Brasileira Surpreende e Cresce 1,2% em Março, Impulsionada por Setores Estratégicos

A produção industrial do Brasil apresentou um desempenho notável em março, registrando um aumento de 1,2% em relação ao mês anterior. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta quarta-feira, revelando um resultado que superou as expectativas do mercado.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo 3,1%. Analistas consultados pela Reuters previam um aumento de apenas 0,3% na variação mensal e 1,4% na base anual, evidenciando a força da recuperação industrial.
De acordo com o IBGE, o setor industrial agora se encontra 2,8% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar o pico histórico da série, observado em maio de 2011, estando 14,4% abaixo desse nível.
André Macedo, gerente da PIM Brasil, destaca o dinamismo de março após um período de menor intensidade. “O maior ritmo verificado em março de 2025 foi caracterizado não só pela maior intensidade do resultado (…), mas também pelo perfil disseminado de taxas positivas”, explica Macedo, ressaltando que 3 das 4 grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades mostraram crescimento na produção.
O desempenho positivo foi impulsionado por setores como coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%), indústrias extrativas (2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%). Essa diversidade de setores com crescimento demonstra uma recuperação abrangente da atividade industrial.
Contudo, nem todos os setores apresentaram resultados positivos. Produtos químicos (-2,1%) e produtos alimentícios (-0,7%) tiveram um impacto negativo na média da indústria, compensando parcialmente os ganhos observados em outros segmentos. Macedo aponta que o resultado do mês reflete “a combinação de meses sem crescimento relevante mais setores importantes recuperando perdas de meses anteriores”.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (3,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) lideraram os resultados positivos em março, revertendo as quedas do mês anterior. Já o setor de bens de capital (-0,7%) foi o único a apresentar um resultado negativo.
(Com Reuters e Agência de notícias do IBGE)
Fonte: http://www.infomoney.com.br