GAECO Desmantela Esquema do PCC: Denúncia Revela Lavagem de Dinheiro Milionária em Jogos de Azar

Uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) resultou na denúncia de seis indivíduos com ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo é acusado de operar uma sofisticada rede de exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro, crimes que impactam diretamente a ordem tributária.
As acusações surgem na sequência da Operação Latus Actio, deflagrada em março de 2024. A operação mirou rifas promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores nas redes sociais, suspeitas de serem utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas.
Em dezembro de 2024 e abril de 2025, novas fases da operação foram realizadas em conjunto com a Polícia Federal e a Corregedoria da Polícia Civil. As investigações revelaram um esquema complexo envolvendo o grupo econômico Love Funk, que atua no agenciamento de artistas e produção de shows de funk, com um faturamento milionário sob suspeita.
As transações financeiras do grupo apresentavam inconsistências gritantes, como movimentação de recursos superiores à capacidade financeira declarada e volumes atípicos durante o auge da pandemia de Covid-19. Segundo o GAECO, a justificativa de bilheteria e vendas em shows não se sustentava diante das restrições sanitárias da época.
A quebra de sigilo fiscal, bancário e telemático dos denunciados revelou conexões preocupantes. Entre os envolvidos, encontra-se um homem já cumprindo pena pelo homicídio de Gegê do Mangue e Paca, líderes do PCC, e outro condenado a 15 anos por participação no roubo ao Banco Central em Fortaleza. A origem de parte dos recursos movimentados seria o tráfico de drogas e outras atividades ilegais, com o patrimônio sendo expandido através de terceiros, como uma extensa fazenda na Paraíba utilizada para criação de gado.
Além da condenação dos investigados, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) busca a reparação do dano moral coletivo, com um valor mínimo de R$ 10 milhões. O MPSP também solicitou a perda, em favor do estado de São Paulo, dos valores e bens apreendidos, bloqueados e sequestrados durante as investigações, incluindo imóveis e veículos.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br