Gilmar Mendes Defende Julgamento do 8 de Janeiro na Justiça e Critica Anistia

Gilmar Mendes Defende Julgamento do 8 de Janeiro na Justiça e Critica Anistia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, expressou forte oposição à revisão das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, durante evento promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Espanha. Mendes defendeu a manutenção da jurisdição do caso no âmbito do Judiciário, argumentando que a Corte tem atuado em defesa da democracia. Sua declaração surge em meio a debates sobre possíveis anistias e a tramitação de propostas no Congresso Nacional.

O ministro enfatizou a importância de responsabilizar os envolvidos nos atos, incluindo aqueles na cúpula do movimento. “Acho fundamental que esse crime fique entregue aos tribunais. A eventual condenação ou absolvição dos responsáveis por esse episódio todo”, declarou Mendes, ressaltando o avanço das investigações que atingiram tanto executores quanto líderes dos atos. Ele reforçou que o STF agiu em defesa da Constituição, evitando um possível golpe.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, que também participou do evento, alinhou-se ao discurso de Mendes, manifestando preocupação com a possibilidade de anistia. Rodrigues enfatizou que as investigações da PF revelaram não apenas a participação direta nos atos, mas também planos de homicídios e ataques à ordem democrática. “São situações muito graves e que não podem simplesmente ser apagadas por capricho político”, afirmou o chefe da PF.

Enquanto isso, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, adotou uma postura mais cautelosa, evitando opinar diretamente sobre a questão da anistia. Lewandowski justificou sua postura argumentando que o tema ainda está sob análise tanto no Judiciário quanto no Legislativo. O evento, que discutiu segurança jurídica e jurisdição constitucional, ocorreu na Universidade Complutense de Madri, com ingressos custando R$ 9 mil.

As declarações de Gilmar Mendes e Andrei Rodrigues evidenciam a resistência de parte do Judiciário e da Polícia Federal em relação a qualquer tentativa de amenizar as punições dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O debate sobre a anistia promete continuar acalorado, com diferentes atores defendendo suas posições e o tema seguindo em análise nas esferas judicial e legislativa.

Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br

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