Davi Alcolumbre é eleito novo presidente do Senado

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito neste sábado (1º) como novo presidente do Senado para um mandato de dois anos, até fevereiro de 2027. Ele venceu a disputa no primeiro turno com 73 votos, sucedendo Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandou a Casa nos últimos quatro anos. A eleição foi realizada por votação secreta, com cédulas de papel, seguindo a ordem de criação dos estados para a chamada dos parlamentares. Todos os 81 senadores compareceram ao Plenário e participaram da votação, cujo resultado foi anunciado às 15h19.
Na disputa, Alcolumbre superou os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), que receberam quatro votos cada. Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) retiraram suas candidaturas durante a sessão. Antes da votação, Girão levantou uma questão de ordem pedindo voto aberto, mas o então presidente Pacheco rejeitou o pedido, argumentando que o Regimento Interno prevê votação secreta, posicionamento já validado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante seus discursos, os candidatos apresentaram propostas e críticas ao funcionamento do Senado. Marcos Pontes defendeu o fortalecimento da autonomia do Legislativo e maior participação feminina. Girão afirmou que a imagem da Casa está desgastada e cobrou mais equilíbrio entre os Poderes. Já Alcolumbre destacou a importância do diálogo e da estabilidade institucional. Além deles, Marcos do Val retirou sua candidatura alegando perseguição política, e Soraya Thronicke abriu mão da disputa ao reforçar seu compromisso com pautas femininas.
Alcolumbre assume a presidência do Senado pela segunda vez, após comandar a Casa entre 2019 e 2021. Natural de Macapá (AP), iniciou sua carreira política como vereador e depois foi deputado federal. Em 2014, elegeu-se senador e, em 2019, tornou-se o mais jovem presidente do Senado. Durante sua trajetória, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, como presidente interino da República, assinou a transferência definitiva das terras da União ao Amapá. Agora, retorna ao comando do Senado com o desafio de fortalecer o diálogo e a independência do Legislativo.