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PF faz operação contra Eduardo Requião

Eduardo Requião, ex diretor do Porto de Paranaguá (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal do Brasil lançou a Operação Serendipitia para investigar crimes de lavagem de dinheiro transnacional, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva e associação criminosa. Eduardo Requião, ex-superintendente do Porto de Paranaguá e irmão do ex-governador Roberto Requião, é um dos alvos.

Foram emitidos dez mandados de busca e apreensão e 13 mandados de sequestro em Curitiba e no Rio de Janeiro. A Justiça Federal também ordenou o bloqueio de contas bancárias e investimentos financeiros dos investigados.

A investigação revelou que um empresário, que era alvo da operação, estava envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que beneficiava uma pessoa que havia sido superintendente de uma empresa estatal responsável pela administração dos Portos do Paraná de 2003 a 2008.

O empresário teria recebido e ocultado mais de R$ 5 milhões em uma instituição financeira na Áustria de 2009 a 2017. Esses fundos pertenciam ao ex-agente público. Posteriormente, os fundos foram disponibilizados a um fraudador condenado na Operação Daemon, que acabou se apropriando deles.

A lavagem de dinheiro foi realizada com a ajuda de familiares do ex-funcionário público. O ex-agente estatal, sua esposa e seus dois filhos realizaram operações ilegais de câmbio, movimentação de dinheiro em espécie, depósitos fracionados e transferências bancárias com justificativas falsas.

A Polícia Federal obteve provas de bancos na Áustria e nos Estados Unidos através de cooperação jurídica internacional. Em 2009, uma empresa holandesa fez três pagamentos para a conta administrada pelo empresário, totalizando quase R$ 3 milhões. A empresa estrangeira havia recentemente assinado um contrato público com a empresa estatal que administra os portos, no valor de mais de R$ 30 milhões, para realizar serviços de dragagem no Canal da Galheta, em Paranaguá.

A cooperação com os EUA trouxe provas de uma operação de dólar-cabo realizada em 2018, que disponibilizou cerca de R$ 500 mil para o ex-agente público e seus familiares nos EUA.

A Justiça Federal ordenou o bloqueio de bens dos investigados para possibilitar a reparação pelos danos causados pelos crimes contra a administração pública e o sistema financeiro nacional. A Operação Serendipitia visa não apenas interromper as atividades de lavagem de dinheiro, mas também esclarecer a participação de outras pessoas nos crimes de corrupção relacionados a contratos públicos.

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